Cuidar de um bichinho fiel, dar e receber amor, espanta muitas enfermidades. “A solidão tem um importante impacto na longevidade com redução de até sete anos na expectativa de vida. Os benefícios perpassam a saúde física”, diz o médico Egídio Lima Dórea, especialista em Doenças Crônicas, Prevenção de Quedas e Envelhecimento Ativo, coordenador dos cursos USP 60+ e diretor do projeto Mundo Pet 60+. “A companhia de um animal doméstico combate o sedentarismo e a vida sedentária. Traz benefícios para a saúde cardiovascular, e evita a obesidade e as doenças osteoarticulares. Também auxilia o combate à depressão e à ansiedade. Ter um pet tem efeitos benéficos na cognição, evitando inúmeros transtornos cognitivos”.
Além de ser uma defesa contra enfermidades típicas dos 60+, a companhia de um peludo de quatro patas também melhora as funções cerebrais e traz felicidade, aponta Ana Maria Orsi, parceira de Dórea no projeto Mundo Pet 60+ e colunista do ViverTV+. “Um estudo recente, de 2022”, diz ela “revelou que a interação frequente com um cachorro eleva em até quatro vezes o fluxo de hemoglobina oxigenada para o lobo pré-frontal”. No lobo pré-frontal, ela explica, “são interpretadas informações racionais e emocionais para o planejamento, a resolução de problemas, a tomada de decisões e a regulação emocional”. Guardada por Nika, uma dócil Cane corso de 40 quilos, ela complementa, que o convívio com um animal de estimação eleva a produção dos “hormônios da felicidade”. “A ocitocina brota com um abraço ao animal, a dopamina vem com as recompensas que ganhamos deles e a serotonina flui com as emoções saudáveis que os animais nos provocam. Com essa carga hormonal, idosos dormem melhor, combatem doenças motoras, se alimentam sem compulsão e melhoram a fala e a memória”.
(Especial Jornal da Orla / Viver TV+)
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