Nossos limites e máximos a cada instante

Nossos limites e máximos a cada instante

Por Marco Antônio Vieira Souto, publicitário

“Qual é a idade máxima que podemos alcançar? A ciência explica”
Me deparei com este título aí acima trazendo a conversa sobre o quanto vamos conseguir, num futuro próximo, expandir nossa existência para mais de 120 anos, ou até mesmo, alcançando a imortalidade.
Essa linha de pesquisa e o debate sobre benefícios e malefícios vem crescendo nos últimos anos e eu, particularmente, não tenho uma posição formada.
Entendo que no bojo desta pesquisa para evitar a degenerescência e o processo natural de envelhecimento, muito provavelmente, vamos nos deparar com soluções para outros problemas mais comuns e que afetam nosso dia a dia como dores nas articulações, problemas com a vista, perda de tônus e tudo mais que vem na esteira do envelhecer.

Mas mais que a questão física, ou fisiológica, me preocupa a questão social e cultural.
Como ficarão os relacionamentos quando uma parcela tiver acesso aos novos meios de deter o envelhecimento e outros do seu círculo mais próximo não tiver?
A solidão, já apontada hoje como uma das dúvidas mais críticas sobre se vale a pena viver tanto tempo, provavelmente, se tornará mais aguda.

Voltando para o título da idade máxima, prefiro pensar nos nossos máximos a cada idade.
Aproveitar ao máximo o que cada idade nos permite e valoriza.
Entender nossos limites, para que o máximo não seja além dos limites, é um outro aprendizado para essa conversa também.
Qual o máximo que você gostaria de viver?
Viver bem, com saúde e consciente?

Na outra ponta da capacidade de viver mais, ainda dentro da lógica dos máximos, temos a conversa sobre eutanásia, ou o direito de encerrar a própria existência.
Debate que fica ainda mais interessante pelo desencontro de querer viver mais a mercê da ciência e não querer viver mais mesmo com a ciência a favor do prolongamento.
Enfim, a conversa ainda é muito aberta e distante, mas qual seria o seu limite?

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